Quero na minha loucura sair saltitando por ai,
E assim dizer que o que passou
Passou, que o mundo é dos loucos,
Sobrevive o que menos tiver cérebro.
– Não quero ser o responsável
Pela guerra!
– Muito menos quero matar um mosquito!
– Não quero saber da criação da Bomba
ATÔMICA!
Quero mergulhar em um livro,
E depois sair babando
Feito um debe mental,
E dizer que – tudo o que eu sei
É que nada sei.
Não quero falar através das redes
Sociais com meus amigos loucos,
Quero falar com eles pessoalmente,
E ligar o som, e depois desligar,
Ligar o som e depois desligar,
Ligar o som e depois
Dançar, e dançar, dançar…
Quero fazer de conta que sou o presidente,
E moro em becos, e tenho um cavalo
De pau, e assim posso brincar
Com meu barquinho e avião de papel,
E meu carro de lata,
Eu quero ser louco,
Para não saber o nome de tudo aquilo
Que me fere, e que me faz sentir dor – E isso é uma eutanásia aplicada
Em sentimento,
Ou quem sabe excesso de loucura,
– Quero ser louco e ter coração,
E sentir o que meu semelhante sente.
– Não quero ser o dono da verdade.
Quero mesmo é um disco voador!
Valter Bitencourt Júnior, nasceu em Salvador, Bahia, Brasil, em 25 de junho de 1994, é anarquista, blogueiro, poeta e escritor brasileiro. Filho de Maria Lúcia da Silva e Valter Bitencourt, tem dois irmãos e uma irmã (Vagnei, Leandro e Lucielle).