Sinto-me doente de tanto sentir
corpo cansado, meu pobre peito
co minhas mãos alço meu preito
e urdo com jeito meu leal provir
E dor é que me não deixa dormir
mesmo que embalado com jeito
maldito seja aí quem contrafeito
à minha pessoa volver a se sorrir
Não sei nem que faça deste fado
que cinzento se mostra, a dirimir
meu pobre corpo já tão olvidado
Valha-me o amor que bem cuida
meu ser triste que perdeu sentir
o revés da doença, que descuida
Jorge Humberto
13/04/08