Ninho de amor
Revoadas
largas, rápidas, descompassadas
deixavam marcas nos galhos escaldantes.
Não havia sombra.
Movimentos
curtos, lentos, ritmados...
respingavam cânticos nos solos relvados.
Não havia penumbra.
Buscava gravetos, o primeiro.
Sentia felicidade, o segundo.
Muito mais adiante
o amanhã os aguardava.
Quietinho, quietinho,
Querido ninho de amor.
Alexandre Sansone
2007