MUDANÇA DE ÁREA
(Jairo Nunes Bezerra)
Regressei da fazenda “Quebrada das Serras”, onde o ar puro purifica até as vegetações que se elevam morro acima. Onde o despertar pelo relógio é substituído pelo cantar do galo, fenômeno, posso assim classificar, o canto diário às cinco da matinada. Depois os raios solares começam a iluminar toda região. Vem em seguida o relaxamento que
leva a gente à sala do café, em que predominam a coalhada, cuscuz, ovos estrelados, tapiocas e o café forte da terra, o café caseiro com auxílio do pilão. Agora, aqui, em Recife com a temperatura elevada, ruído ensurdecedor e poluição nível quase insuportável, mergulho na internet à busca de e-mails, encontrados, em quantidade superior a três mil e alguns deles necessitam de respostas urgentes. O ar condicionado não é suficiente para deixar-me à vontade e recorro também ao ventilador. Falta-me aquilo que predominava na Fazenda: Inspiração!...Ligo a televisão e apenas tomo conhecimento das recentes notícias nada animadoras. E vem a recordação de fato recente: “João Alfredo, ausente do Brasil por mais de seis anos, regressa ao seu país, e em conversa com um amigo, diz o Brasil está anarquizado. A gasolina mais cara do mundo e somos vítimas de freqüentes assaltos. Só falta aquele barbudo que presidia os Sindicatos em São Paulo, ser presidente. O amigo retorquiu: você se refere a Lula?...
Esse mesmo! - Pois é ele é o atual presidente. O amigo desmaiou!