Ignoro o trajecto
o caminho trilhado o proscrito e o proposto.
De seio aberto em gema pálida
empurro ilhas do silêncio
areias de deserto
e delas, o tempo ignoto
os astros cabisbaixos
em cada letra que m’ecoa tatuada em fungos
azougados
meninos
travessos
florescentes pontos delineamentos poros em minha pele.
Não sei da malícia da lama
(que a não tem)
se greda é, pó antigo de mim, de ti, daqueloutro e de outrém.
Nem dos verdugos da noite em que te sonho plana
em que te tomo te mimo te embalo
em baloiços de meus braços
dilatados
infinitos
e, em sonhos sou tua, alfim em ti,
não sendo na realidade deste tempo e de ninguém.
E que, em cio e brame d’olímpico gozo,
em fome d’alma
grito o prazer de todos os peixes
de todas as aves
de todas as flores
de todas as ninfas, divindades d’água d’um mar ditoso,
no momento exacto do acasalamento
do reencontro
sendo prolixidade taça ébria néctar fino
de pretérito
calcado
pisado
fruto mosto.
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