Poemas : 

APETITE LÚGUBRE

 
Os corvos iniciam rituais de bailados,
Dançam freneticamente diante das covas,
Pois estão embriagados e apaixonados
Pelo odor mefítico das podridões novas.

Gritam em pleno ar, o apetite se renova
Sempre que chegam os corpos mutilados
Pela desdenhosa morte que não é trova,
Mas um infortúnio na vida dos flagelados.

Ah, carnificina! Nesta inorgânica panaceia
Os cadáveres sofrem efeitos duma odisseia
Donde se produz o manjar dos vis abutres...

Sem dúvidas, são manifestações macabras,
Os fúnebres são alimento predileto nas aras
Que ardem da felicidade dos que se nutrem!

DE Ivan de Oliveira Melo

 
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imelo10
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Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 07/05/2020 10:02  Atualizado: 07/05/2020 10:04
 Re: APETITE LÚGUBRE
quanto ao apetite lúgubre...
esta manhã durante a caminhada do costume pude constatar que onde aparece uma morta os mortos matam-se todos... enfim... é que nem teem vergonha, põem aqueles olhos naqueles sítios mesmo à descarados pensando por certo que ninguém os está a ver... e nem se lembram que existe no mundo alguém... eu vi e não ando morto. agora com esta coisa do covid- temos de ter muito cuidado com os olhos, não convém pôr os olhos em qualquer lado, nem os olhos nem outras coisas, a menos que o receptor ou a receptora tenha uma declaração de imunidade. mas de facto, onde há uma morta os mortos parecem moscas... uma desgraça