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Planície

 
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O homem não é senão as palavras que é capaz de compreender
Para caminhar através do vazio infinito sobre o fio das lâminas
Onde à direita está a verdade, mas a qual é feroz como o tigre
À esquerda reside a dúvida, distante como o horizonte escuro
Galos surreais cantam à meia noite anunciando as madrugadas
Os cães ladram, mas não há caravanas a passar sob o sol a pino
O poeta quer empunhar a espada da conciliação indispensável
Ruma às falésias onde a brisa sopra para não se afastar da luta
O poeta vê o vento soprando à beira mar acariciando as ondas
Do alto ele navega mesmo na extraordinária planície esmeralda
Pois, tanto o pássaro vive na gaiola que olvida o que é liberdade
Nascemos para o sonho, para sermos livres, viver sobre a terra
Não cabe o oblívio que cada vida é una e curta, logo somos cinzas
Um dia seremos apenas parte do verde e das flores renascidas
Ao fundo as colinas e estas são o que são cortando a paisagem
O guerreiro faz crescer a aurora através da cidade tão florida
No horizonte vai ensinar onde o sol deve morrer ao final do dia


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Autor
Sergius Dizioli
 
Texto
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