Certa menina, de nome Anabela, muito mimada, estava sempre a brincar em “seu” jardim, como gostava de dizer, em companhia de sua babá
Tentava abrir os botões das flores e a Bá não conseguia convencê-la de que isso as magoava. Quando encontrava um ninho de pássaros com ovinhos, não resistia e os apanhava todos. Se havia filhotinhos, colocava-os no chão, dizendo que assim eles aprenderiam a voar para voltar ao ninho.
Se a Bá tentasse ajuda-los, ela fazia muita birra, esperneava, gritava muito e fazia ameaças à pobre mulher.
Numa linda manhã de sol, em que Anabela e a Bá estão no jardim, a menina encontra embaixo de uma folha, uma borboleta tentando sair de seu casulo.
Curiosa, a menina se aproxima e, percebendo o esforço que a borboleta fazia para libertar-se, quis ajudá-la, pois achou que ela iria demorar muito e ela tinha pressa de vê-la voar.
A Bá intercede, dizendo que ela não deveria interferir; já que a mãe natureza dota, com todo o conhecimento necessário, cada filho seu. Anabela replicou, dizendo que seu irmãozinho fazia tudo errado.
A Bá argumentou que nós, humanos, somos guiados pela razão e esta se manifesta com o passar dos anos, mas que os animais se deixam guiar pelos instintos e que eles já nascem com esse conhecimento.
Num certo momento em que a Bá descuidou-se, Anabela puxou a borboleta e retirou-a de seu casulo. A pobrezinha ficou parada... A menina tentou forçá-la a voar, atirando-a para o alto, mas nada fazia com que a borboleta alçasse vôo.
A Bá pôs-se a explicar a necessidade que a borboletinha tem de passar por aquele lento e, aparentemente, doloroso processo para sair do seu invólucro, pois com isso seu “sangue” é bombeado por todos os “canais” das asas, para que, e só assim, ela possa voar!
Ao tomar consciência do mal que havia praticado por causa de sua teimosia, deixando a borboleta incapaz de voar e, portanto, condenando-a à morte, Anabela prometeu que não mais praticaria os atos de maldade que vinha praticando, só por diversão, entendeu o valor do respeito aos seres vivos, que convivem conosco, fazendo parte de nossas vidas, dando a ela encanto e beleza; prometeu buscar melhoras, atendendo e seguindo os conselhos de sua Bá.
A duas se abraçaram e retornaram para casa, pois já era chegada a hora de lanchar!
FatinhaMussato
Bus, 11/abril/2008 - sexta-feira - 00H56m
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