Desabotoo-me
por dentro
abro-me
por fora
exponho
dólares
i (reais).
A contemporalidade é tolerável.
Um minuto basta
para aquecer os ânimos e secar
os cabelos grisalhos
e unhas amareladas.
Sirvo-me com talheres de ouro
e pratos de porcelana
chinesa.
O molho de ervas finas mancha a toalha de linho egípcio.
Compro vinho raro.
Imagino uma vida de sucesso.
É estranho.
É assim
que sou.
Vivo com prazo
de validade
A água
dos absurdos
aprimora sentimentos.
Palavras
pesadas
magoam.
É relevante
a apredizagem.
Estou coberto
de nada e cheio
de mensagem alguma...
Seria bom para todos
(é cada um por si)
Relógios fecham
sete ciclos: a vida
é poesia no vácuo.
A ausência tem nome, forma e
vibra em cada
recanto.
Sussurro:
deste-me
do teu sumo...
Sempre te
encontro
em sonhos.
Inspira-me odisséias
e aventuras realizáveis.
Tudo parece estar
numa imagem
em tons amarelados,
com nuances
de vida.
Sou aquilo que
me sobra de ti
no silêncio
do quarto.
Ausência
tem nome
e forma.
Vibra
e pensa.
Falta-me
sussurros obscenos.
Te encontro nos meus sonhos, irrigas com teu sumo...
Tu me ispiras odisseias e aventuras realizáveis.
Nem tardes
de esperas
a chuva dialoga com o vento.
Do amor,
que imaginei ,
desbotaram
as tintas
nos muros.
Há memórias
nas paredes.
Da sala
não me atrai
a mordernidade.
Acompanha-me
sempre um pesadelo...
Não deveria
ter nascido
a decepção.
Não louvo
expectativas.
Em mim
fica somente
a varanda
com cheiros
de aurora.
desabitar
das sombras
e lembranças
exige a hora
marcada.
partirei pro interior.
Amarei o que de real germinou.
Escapará meu olhar
na paisagem.
...
Que eu venha
recomeçar
com a própria semente...
Apoia-se.
Implora compaixão no rastro de vida.
Há
o início
e o fim
de vaga
eternidade
adeus… addio… adieu… adiéos…
Em alguma parte
gera um novo mistério de deus.
Volátil.
A vida deixa qualquer
saudade.
Sonhos vagam
na eternidade.
O Poeta alegra-se.
A poesia prestes está prestes
a nascer.
Pouco lhe resta
para guardar.
A poesia
está prestes
a chegar
à porta.
A vida avisa:
não sairás mais daqui.
Chegou da montanha.
Sonolento,
indaga o poeta: onde encontrei
forças?
O mundo não se desprende de nós
com facilidade.
Só a Poesia
é possível.
Agora nada mais existe que o vazio. A vida está
por um fio?
Pensar
Por quê?
Tudo dei
nada recebi.
Aquele voo
aquele voo
de aves
numa valsa
em cores
no céu
da tarde
sem arestas.
Crepuscular
Esse planeta gira.
Essa oca esfera
portal de ignorância e sabedoria...
Perdido de ti
encaro a saudade
e tudo o que tinha
de ser...
Edifico
Um final feliz
para nós.
Sem improviso,
não eclamo.
Olho o futuro.
Estranho
e entrego-me.
Abraço-me
Alegra-me
os passos
que seguem
e ceifam
almas na passagem.
Rogo em cada esquina,
um sorriso
de alívio
e conforto.
Meu corpo abriga uma alma inquieta
e passional.
Sou uma porta sempre aberta
para os sentidos
mais leves.
Ainda não sou excluído de mim mesmo.
desabotoo
o casaco
fecho-me
por dentro.
exponho
dólares
raros.
A modernidade
é tolerável
um minuto
é o suficiente
para meus
ânimos.
Corto cabelos grisalhos, unhas amarelas.
Sirvo-me
com talheres
de ouro
e porcelanas Chinesa.
O molho
de ervas
fina mancha
a toalha
de linho
egípcio.
O sucesso
é enfadonho
mas é real
Na sombra
do sobrado
a palavra
é válida.
A água
dos absurdos
aprimora sentimentos.
Estou coberto de nada e cheio de mensagem alguma
quando relógios fecham ciclos.
.
Teus sonhos inspiram-me odisséias.
O passado está numa imagem imprecisa
e no silêncio
do quarto.
A ausência tem nome e forma.
...
A chuva dialoga
com o vento.
Desnudo-me
na essência
das cores.
Memórias atraem
a púrpura sedução.
Não louvo
expectativas.
Amarei o que germinou.
O que
abandonei
um dia
escapará
da paisagem.
...
Apoia-se num rastro da vida.
Há sempre um princípio e um fim.
Adeus… addio… adieu… adiéos…
No princípio
da noite
gera um novo mistério:
um deus
volátil
No início de tudo,
vaga na eternidade
O Poeta alegra-se hoje. Seus versos estão prestes
a nascer.
Pouco lhe resta de material, mas seu
espírito não cansa.
A natureza que lhe cerca, abre portas. Sairá mais leve deste lugar.
Círculo
Num
círculo
de aves
um vestido
de valsa
brilho
cores
e festas
naquele
dia.
Portal
Esse planeta gira.
Essa oca esfera
portal de ignorância e sabedoria...
Perdido de ti
encaro a saudade.
O que tinha de ser eu lembro...
Edifico um final para nós.
Olho o futuro.
Abraço-me no ar.
Voos breves
ceifam almas.
Pronuncio teu nome.
Rogo-te que me leves ao outro
lado do mar.
Em cada esquina
há compaixão?
Sem culpa
Meu peito abriga
desejos intensos...
Sou passional
numa porta sempre aberta à luz do meu céu particular.
Quero momentos
que acordem
os sentidos.
Ainda que
estourem
os nervos
não serei
excluído
de mim
mesmo.
Poemas em ondas deslizam nas águas.