Mil vivas à arte escrita
Que não mais engatinha
Que não mais é imberbe!
Hoje ela se tornou rainha
Graças ao gênio de Gutemberg!
A palavra-engenho-engrenagem
Que fez Novo Mundo nunca dantes
Navegado virar mundo de gente
Gentia em gigante cristandade
Pela língua que falava Cervantes!
Mil vivas à mais bela arte
Que até ao patife enternece
Fazendo o todo ser a parte
Do planeta que se comunica
No Fausto do augusto Goethe!
Salvas às proezas de Sherazade
Que em mil noites nos encantou
Com o látego da língua que dominou
O sultão amargurado e infeliz!
Mil vivas a língua de Machado de Assis!
Por fim eu queria deixar os sermões
Do Padre Antônio Vieira
Que pôs os Homens em lagoa
Utilizando a língua de Pessoa,
De Eça, Herculano e de ... Camões!
Gyl Ferrys