Repousa já teu olhar tão cansado!
No mundo tu foste a muralha persistente
Alçada com a força do teu braço
Fizeste florir em terras tão doentes!
Hoje, já caminhas em lento estilo...
E tens às mãos as marcas do tempo
Na pele, o viço que o destino
Há de tirar dos homens o alento...
Mas, pai, caminhe mesmo assim altivo!
Com teus cabelos brancos tão brilhantes
Caminhe por estrelas itinerantes!
E quando eu me sentir muito só
Trarei à minha mente amor maior
Como aquele que conquistei de ti...
(Ao meu avô Arthur, um pai pra mim)
"Mestre não é quem sempre ensina, mas quem de repente aprende." (Guimarães Rosa)