Com olhos rumando ao poente,
Tal qual cantava o pastor Alceste,
Nas liras quando chegava o ocaso
Assim rumaram olhos para o leste
Em busca da bela musa do Parnaso.
E olhos ruminando o infinito azul,
Olhos de Werther esperando morte,
Se quedam bruscamente ao seu sul
Buscando furiosamente novo norte.
Quando míngua a madrugada serena
Abrindo cortinas para manhã soberana
Lembro, poeta, que a alma não é pequena
Por mais que se tenta tatear tal trama.
E chega morno o astro no teto do poente
Acalorando relvas orvalhadas e dengosas
Alimentando o ego, o coração e a mente
Lembrando perfumes que furtaste das.. Rosas!
Gyl Ferrys