Sem momento nenhum
Segues o som do Sol
Na demanda da perfeição
Do Equilíbrio existencial
Sonhas o impossível para o acto do presente
Aqueces as entre-linhas dos versos já presentes
Segues o ritmo das estações das notas
Por meios duvidosos mas enfim divinais.
O que será o agora
O que será o momento
O que sentes no coração quando o vento encanta-te ao teu ouvido
O que poderás tu encontrar por debaixo de uma gota de chuva
O que saberás do futuro quando percorres no espaço já encontrado.
Sentes o que teu coração diz?
Segues o som do Sol
Ouves o que o Vento diz
E sentes o orvalho a dizer que; “Sim! Já te encontrei!”
Sem nunca te ter conhecido...
Afinal segues o som do Sol?
Sentes os braços a rodar
Por entre brumas de trigo
Por meio de estátuas vivas
Imóveis ao som do Vento
Sentes, não sentes?
Com quem será com quem danças?
Frio no ferro e quente no asfalto
Trocas o verso pelo ritmo
E segues aquele som
O som que só tu consegues ouvir.
Também tu?
Afinal quem mais podia ser
Neste tango, não, nesta festa,
Dos sentidos para cristalinos tilintares ao ouvido
Por meio de notas tão modestas
Quanto o som do Sol ou a dançar com o Vento.
Afinal também sentes o Vento?
P de BATISTA
(após ver e ouvir o filme - August Rush)