A chuva lava a rua onde eu moro.
Eu olho para o céu, feliz sorrio.
Contente eu faço dança, canto e choro.
O pranto forte enchente faz no rio.
A chuva molha a planta. Então eu oro.
Divino o tal momento. Então eu rio.
Que caia mais a chuva a Deus imploro
E sente o sol vergonha ao fim do estio.
A chuva apenas é a minha mágoa
O choro meu, tristonho, em falta tua
Um “choro de viúvas toutinegras...”
Lembrança é dos olhos posto em água
Profunda onde a lua dorme e deita...
Lembrança dos “anéis de algemas negras”.
Gyl Ferrys