A MORTE E O NADA
A morte não toma partido.
A morte não tem partido.
No entanto, em sua democrática ação ela se faz socialista chegando a todos:
Ricos ou pobres. negros, índios, brancos, árabes, norte americanos, europeus.
Mulheres, homens e crianças.
Com assistência ou não.
Não existe meia morte.
Morte sempre será morte...
A ausência de vida.
A mudança.
A transformação em algo novo.
A chamada morte é a inanimada natureza do que um dia foi animado nesse mundo.
Na morte não há mais carências, desejos, ganância, egoísmos, ambições.
Quem se encontra morto para esse mundo, nada mais quer e deseja.
Não precisa de comida, remédio, roupas.
Não precisa de emprego, salário, casa, carinhos ou amor.
A morte é a ausência da vida como era para ser de outra forma.
E sem vida, nada mais importa: Carrões, roupas caras, viagens, comidas exóticas...
A morte coloca tudo no seu devido lugar.
O grande nada silencioso do que não existe mais naquela forma.
A morte nos ensina que o dom mais precioso do Universo é a vida.
A vida dá sentido a tudo.
Sem vida nada se constrói.
Sem vida nada mais importa.
Sem vida só o que resta é o grande vazio.
O grande nada da ausência.
A Vida é tudo.
(Irmão Paulo de Paz).