PASSOS
O jugo que carrego ora m’esmaga
Sob o signo do mal que de mim nasce.
Meu pecado está sempre à minha face...
Sei que mero remorso não m’o apaga.
Não pelo peso, sim minha fraqueza,
Vou dobrando meus joelhos para a queda.
Pois se do meu caminho o bem se arreda,
Sinto a matéria em toda a sua dureza...
Ouço então a gargalhada do diabo
Após m’enganar no erro a pouca fé...
Com seus sofismas eu por terra acabo.
Minha culpa! Mea máxima culpa! Eis-
Me decaído ao mal de odiosos reis,
Ver minh'alma imortal eterna ré!
Betim – 12 10 1998
Ubi caritas est vera
Deus ibi est.