A casa tortura-me, Enregela o meu canto, Lugar onde antes me sentia um deus. Lasso-me numa lassidão de quase adeus... Numa senda escarpada que me fere os pés! Boca tapada, olhos mortiços de sonhos, Agora medos medonhos E a morte espreita… Onde se estreita… Em cada beijo, em cada abraço… Este ficar… Cansa-me este cansaço, De estar tolhido por nução E nesta aflição… A casa tortura-me!
De facto, sentimo-nos aprisionados, em nosso próprio casulo. Imponentes, na nossa forma de ser e constrangidos, na nossa maneira de viver. Tortura psicológica, que nos impede de vencer os nossos medos, num momento de grande aflição, de pranto e de dor.
Os meus sinceros parabéns, pela escrita, descrita, de maneira tão sentida e original.