Um corpo
esquecido
no chão.
A vida é
passagem
comprada
a prazo.
Sigo estradas.
Aguardo finais.
Ouço
nuvens
vindo.
Versos
velejam
no azul.
Estrelas
cintilam
nos meus
dedos.
Flutuam
espumas
na ausência
de abraços.
Sou
andante
em horas
vagas.
No caminho
algumas
flores são
amargas.
Vislumbro
marcas
na face.
Conservo
a tua
imagem.
Atraio a atenção
dos que que passam
quando deixas
de ser pássaro.
Lágrimas
ampliam-se
no espaço
e retornam
aos mares.
Vislumbro
momentos
no espaço.
Tudo poderia
ser diferente.
Ficamos sem atalhos.
Ó vida!
Somos próximos
e falhos.
O tempo,
embora fúlgido,
leva-nos além
da lua rasa.
A tarde
leva nuvens
no movimento
dos astros.
Há metamorfose
nas pedras raras.
Pergunta o poeta:
O amor regressa
à hora parada?
Fico á tua espera
quando dorme
O sol na tua porta.
Sinto o suor
e o afago
na solidão
dos náufragos.
Poemas em ondas deslizam nas águas.