andamos aqui como quem vê montras, olhando-nos no vidro
os amigos são cogumelos, uns para comer outros para vistoriar
poucos para amar
podemos querer privacidade, virar a cara, como que a resguardar
o mais íntimo sem saber se o queremos dar
passeamos por verdades enganadas
com áreas umas com anos, outras sem tempo
temos sede no fundo dos olhos, mas não reparamos
que o presente é uma flor com raiva nos dentes
já não sabemos chorar, esquecendo que as mãos
são armas cada uma com 5 bandidos com vício de vencer
custe o que custar, sem saber que vencer também é perder