AS CAIXAS
As caixas se acumulam silenciosas.
O tesouro de um mundo se perde
armazenado como um nada.
O fogo será a última morada de tantas histórias,
tanta esperança, tanta continuidade.
As caixas se amontoam aos quatro ventos.
E falam tantas línguas...
E são de tantas cores...
E carregam tantas visões de mundo...
Não há um refúgio livre das caixas.
Um rio de lágrimas tem várias nascentes...
Milhares...Milhões.
Já não se levam flores.
Não há tantas flores para tantas dores.
Escondidos em suas casas, todos olham as caixas.
Todos esperam as suas caixas.
Ou o fim das caixas.
Haverá um fim para as caixas...
Sempre há.
(Proteus).