Estou deitado a trocar olhares com a lua, confidências que só nós dois compreendemos, numa linguagem simples, mas só nossa. Ao contrário do que se possa pensar já nos conhecemos há muitos anos e sabemos tudo um sobre o outro.
Ela, lá de cima, tem uma vista privilegiada sobre mim, nós, mas questiona sempre o que se passa. É curioso que quase nunca lhe sei responder, de tão complexa é a mente humana.
A já longa vida da lua foi sempre de uma escravidão altruísta. Obrigações inerentes a um satélite, a um astro de segunda, como ela própria chama a si própria. A sua única função é proteger-nos do seu irmão sol e de outros pedaços de luas e de terras que deambulam pelo espaço. E é isso que a lua não entende, o porquê de nos proteger quando nos queremos suicidar... eu não lhe sei responder.
A Poesia é o Bálsamo Harmonioso da Alma