Visto-me na pele de um Homem
Homem que eu não sou
Todos os dias me comem
E nem puta,nem paneleiro sou
Os dias são como tormentas
As quais sou forçado a enfrentar
Por vezes queria lavar as ventas
Para não ter que escutar
Os quadros irrisórios
Que se pintam na profundeza do inútil
Destacam quase sempre os acessórios
E todos os bens fúteis
E este corpo que não se encaixa
Na alma as que lhe foi atribuída
Socorre-se por vezes da baixa
Para não perecer diante da comida
E uns riem-se por não terem nada
Outros choram visto terem tudo
E eu observo simplesmente a manada
No seu percurso absurdo
Não sou nada
Nem ninguém
Mas tento ser
Humildemente eu!!!