A vida está intermitente, é agora efémera, não depende apenas de mim, mas de mim e dos outros. É bem verdade que sempre foi assim, mas agora, mais do que nunca, os outros... e eu, de forma inconsciente e altruísta, ou não, juntámo-nos como uma espécie única, aquela espécie que, até há bem pouco tento, atentava contra a própria vida (ainda há líderes que se esforcem para que não esqueçamos isso e incentivem ao ódio) através de guerras sem sentido, e ataques fratricidas.
O ódio entre os povos fez um género de pausa, greve até, para recolher os corpos dos caídos e para dar a mão aos mais necessitados... todos em luta pelo bem comum, a vida.
O fatídico destino da espécie humano fica assim, por tempo indeterminado, em suspenso, na dúvida se será desta vez que, depois deste Armageddon, os olhos de uns verão os de outros da mesma forma que agora vêem, ou se... estupidamente, esta é mesmo apenas uma breve pausa para recuperar energias e voltar ao que tínhamos, sangue, lágrimas e eterna infelicidade. Talvez valha a pena reflectir.
A Poesia é o Bálsamo Harmonioso da Alma