Me vejo no espelho, sinto que sou
um outro ser? Sou eu? Sim!!
É o outro ser que vive no seu interior,
preso, dentro de um elo que cresceu e inchou
como um grosso véu, vedou seus olhos com sede do belo,
porém o feio composto do desejo de” ter”,
triturou o que de melhor pode existir dentro de você
e isso, o espelho lhe diz com jeito grosseiro que seu interior
enegreceu, enrugou, perdeu todo o vigor,
e lhe presenteou com todo o descrédito possível.
Que desdouro!
Virou produto bruto sem progresso!
Rever os conceitos, retorcer os desejos, espremer o ego
e eleger o “Ser” como um melhor modo de ver no espelho
um ser em pleno renovo.
Dina Fernandes