Mãos
Mãos que deslizam nos cabelos
Com carinho os corpos afagam
No rosto a suavidade em desvelos
Ao cumprimento dão-se, abraçam.
Hoje sucumbidas no silêncio
Expostas ao gel e ao sabão
Vivendo em amargura compêndio
Sujeitas ao vírus em explosão
Sina ou sujeição ao poder natural
Em resignação pelo seu fracasso
Esconde-se do afeto causal
Foge de outras mãos em comunhão
E na calada de sua abstenção
Faz um V de vitória, em sorriso astral
Sonia Nogueira