No meu expressionismo talvez encontre um meio de chegar até você, seria capaz de tudo para te surpreender, faria como Cezanne entre seus cones e esferas, na forma impossível da realidade, te construiria o castelo de medan em sua mais pura veracidade, e na minha solidão de Van Gogh, tomaria meu café a noite, apaixonado pelas intensas cores do teu coração de pura arte, e se mesmo assim não conseguir chamar sua atenção, gritarei o grito contorcido de Munch, contido dentro da minha emoção, não minha querida eu não sou tão bom assim, também tenho meus demônios surrealistas assim como Klee.
E você, será que posso permitir-me a dizer o que representas para mim? Você é a mulher sagrada na ultima ceia de Da vinci, você e o nascimento de Vênus é a adoração dos magos de Botticelle, você é uma paisagem perfeita de Calixto, você é como Rodin, em sua idade do bronze, na doçura e brancura do mármore, e será que foi envão o sacrifício dos cidadões de calais? Não linda artista, não quero te impressionar, mas assim como Monet, sou capaz de romper a luz para fazer um prisma em seu lírios d água, talvez eu não seja tão moderno como Camille Claudel, que em seu amor da perdição, sofreu sua dor do abandono, talvez eu não tenha os olhos tristes de Frida Kahlo, que não pintava sonhos e sim realidade, que mesmo assim partiu sorrindo, para nunca mais voltar. Tenho certeza que Athena habita tua alma, a única diferença entre você e esta Deusa, e que toda Deusa tem o seu Crepúsculo, e você tem lu de luz, e arte, com A maiúsculo.
Sandro Kretus