“Meus amigos! Na verdade, saber é nada saber!”
“O mestre é o que aprende e, não, somente, o que ensina!”
Essas máximas não são de minha autoria, mas, espelham uma verdade insofismável, principalmente nos dias de hoje, onde, muita das vezes, se ufana de “saber” sem o compreender na totalidade e, vangloria da didática maestrina com base nos livros e da aprendizagem escolar, se esquecendo de que o seu aluno, ao aprender apreendendo, se iguala a ele, todavia, sem ter passado pelo aprendizado que Ele passou, dessa forma, sabendo o que Ele ensinou, apenas, recebendo as suas aulas e orientação e, no caso do Mestre, cercado das aulas recebidas de vários professores seus e, o aluno, ao se igualar ao mesmo, só teve, no presente evento, as Suas aulas.
Dito isso, no meu modesto saber empírico, ouso, aleatoriamente, me manifestar a respeito dos inúmeros TÉCNICOS, em diversos setores, que são por nós procurados, para nos prestar variados serviços, cobrando monetariamente pelo atendimento pretendido e, em contrapartida, com honrosas exceções, nos enganando “mascarando” o seu serviço feito, o que nos obriga em sair à procura de outro técnico.
A minha acusação, ou melhor, reclamação, em razão de não serem todos os técnicos venais e incompetentes, se justifica pelo seguinte:
Toda vez que temos que procurar um técnico, o fazemos, exatamente, por não sermos capazes de efetuar as corrigenda pleiteadas, o que é óbvio! Porém, ao terminar o seu trabalho e receber a quantia combinada indo embora, descobrimos, mesmo sendo neófitos, que nada foi corrigido a contento e, às vezes, o reparo tentando ficou pior do que antes da procura.
Sem citar nomes, todavia, dizendo as funções de alguns Técnicos relapsos, apresento, a seguir, uma relação de acontecimentos análogos, a saber:
—Relojoeiro: Concerta o seu relógio, cobra e, dias depois, ao retornar a Ele, recebe como resposta de que o concerto necessário é diferente do que, anteriormente, corrigiu e, novamente, nos cobra.
—Técnico em internet, nos cobram pela visita e, na maioria das vezes, o reparo não é feito corretamente, quando reclamamos, alega que tem que ser feita uma nova “formatação” e, outra vez, nos cobra!
—Técnico em Televisão, novamente pagamos por uma correção mal feita ao quer, nos leva a vários chamamentos.
—Eletricista, comparece, cobra e, se houver outra falha, não a concerta para ser, novamente, chamado e poder cobrar em duplicata.
—Mecânico, concerta a peça por nós (leigos) indicada, entretanto, embora veja outros defeitos, não os acusa nem repara, para ser, de novo, chamado e poder cobrar mais uma vez.
A continuar, tomaria muito tempo e precisaria de uma passarela de papeis para tal, no entanto, considerando o Técnico como um PERITO NA ARTE OU CIÊNCIA, posso, no meu entender, esticar a função para outras atribuições, tais como:
—Um POLICIAL, sendo chamado, alegar que, determinada ocorrência, não é da sua atribuição específica, limitando-se a ir embora, ou não atender, podendo, em tal caso, iniciar orientando a pessoa necessitada para o correto atendimento.
—Uma AUTORIDADE, com melindres de ter sido convocada diretamente, alegar que o caso não é com ela e, sim, em outro setor ou, com um seu subordinado, deixando o reclamante a “ver navios” e sem solução do seu pedido.
—Um JUIZ, alegar que não fala com as partes e que precisa ser por intermédio de um advogado, com isso, rebaixando o seu cargo para o de agenciador e, pior! Quando fora do seu gabinete, até para tomar um cafezinho, ter que pedir ao balconista etc. Observação: Se é a Lei que assim estipula, é preciso aproximá-la para a realidade.
—OFICIAIS DAS FORÇAS ARMADAS E AUXILIARES, não poder freqüentar locais em companhia das “Praças” (de Subtenente para baixo), quando, em determinados locais, às vezes, estão reunidos até com bandidos fingindo serem pessoas honestas.
—MÉDICOS, delegando as suas atribuições para serem cumpridas por enfermeiros (as), às vezes, somente práticos (as) na função.
Também vou para por aqui, esperando não ter ferido melindres, porém, algo tem que ser corrigido e, com urgência, ou, então, que a maioria dos Técnicos perca tal galardão e passe a ser chamado de, apenas prestadores de serviços, sem o título de Perito.
Volto a dizer que, felizmente, existem as exceções! Não fora assim, estaríamos perdidos, totalmente, nas nossas deficiências para corrigirmos os defeitos que se nos apresentam diuturnamente.
Sebastião Antônio BARACHO.
conanbaracho@uol.com.br
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