Hoje o verbo voou
Voou sem destino
Do tempo zombou.
Pegou meu violino
E muito longe pousou .
O tempo impiedoso
Nem sequer demorou
Enviou vento generoso!
Que tempo benevolente
Devolveu-me sem ferimento
Meu preferido instrumento.
Pois dele sou dependente!
Conhece meus segredos
Entre norte , sul e poente
Sem ele o meu enredo
Emudece, esconde vertente.
Meu verso reluzente
Muito feliz ficou
Pintou e desenhou
o que lhe veio em [mente]
Diná Fernandes