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Baú de guardados

 
Como bichinho de estimação preso ao tronco
Guardo dentro do peito alguns segredos.
Sentem vontade de vir ao mundo exterior
tais segredos,
mas eu reprimo seus gritos de liberdade.

Eu falo com meu interior
para que os segredos não acordem e escutem
quando a eles falo: aquietem-se;
escondam-se às sombras das minhas vísceras
não remexam meu baú de guardados.

Nesse conflito entre permissão e negação
Tento manter um pacto amigável
Para que permaneçam ali calados, presos!
Suspiros e ais de amor,
São queixumes meus, só as estrelas conhecem
Segredos que não conto, não conto e pronto!

Diná Fernandes

 
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amopoesia
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