Ouço os sons deste mundo Em meus ouvidos de existência precoce E com os olhos vejo a natureza morta O paladar, o escarro de minha tosse, Mas não devo tatear atrás da porta
Pois voltarei em breve ao meu calabouço Com grades negras e feias E o meu riso é o conflito que ouço Com meu bico torto, como a ave que gorjeia Mas o meu chão é um lúgubre fosso
Não é o destino que eu me pedi Esta tortuosa sombra escurecendo a areia Eu peço a Deus que me tirem daqui Que me desgrudem desta pegajosa teia Desta dor que em minha mão espremi
Agora já não me sinto e na prática, Não descerei mais as escadas É mais fácil a morte que a moral estática Esta na hora da partida e não da chegada Pois toda a tranquilidade em m'alma, . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . é trágica!