Poemas : 

FILHOS DA NOITE II

 
FILHOS DA NOITE II

Ah, menina, à noite quando os normais dormem
e todos os gatos são pardos,
os filhos da noite ruminam filosofias existencialistas
e choram suas mágoas em lápides invisíveis,
regadas a líquidos gelados...
À noite, quando os poucos morcegos voam em linhas tortas
e a Lua passeia apagando estrelas,
os filhos da noite caminham pelas sarjetas
observando as fissuras do chão.
Outros, se debruçam em vãos escuros
e vigiam o vazio com seus olhos noturnos...
À noite, quando os gatos são pardos,
Seus filhos são o que são...
(Proteus).

 
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PROTEUS
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