O lamento de hoje é surreal.
É a dor de um peito confuso,
O choro de uma alma desconsolada.
Ando perdido em meio à multidão
Iludido pelos sorrisos falsos e hipócritas
De pessoas sem escrúpulos.
Ninguém nota o meu silêncio
Ninguém vê a minha dor.
E porque notariam?
Sigo sem destino certo
Rumo ao desconhecido incerto
Na esperança de encontrar o seu olhar.
O refúgio da alma é oculto
Nas profundezas da sua ausência.
Quero me libertar desses grilhões
Que me prendem a saudade
Do seu lindo sorriso.
Não tenho mais a alegria
Que sentia ao seu lado e caminho sem direção
Na estrada dessa desilusão.
Quero chorar e derramar minhas lágrimas
Mas elas secaram-se e não consigo vertê-las.
Onde está você?
Seu calor é o que me aquecia desse frio intenso
No qual estou envolto.
Sinto saudades. Muitas.
Saudades de você.
Poema: Odair José, Poeta Cacerense