Açulados pelo logro dos dias
e cumplicidade da sorte,
vasculhamos o mosto das fraquezas
com palavrões e palavras pequenas
para as divagações que trajamos
mansas de desencontros.
Do escasso mel das flores
em colmeias árduas, inconfessas
como atuneiros vogando,
perdidos na monção
em busca de um farol.
Em encruzilhada de urzes
e emoções espinhosas, peregrinas
podamos a vida
com o coração jardineiro,
que na tona da luz
vê florescer o bolor do tempo âmago
sem inscrições felizes!