Debruçado sobre a janela
Distante e tão sombrio o seu olhar
Perdido em pensamentos
O vento no seu rosto acariciar.
O que sinto em meu coração
É o medo de uma falsa esperança
Que não sai da minha mente
De você, uma tão meiga lembrança.
Olho as folhas revoltas pelo vento
E as lembranças de um grande amor
A saudade de tempos tão remotos
Que causa um silêncio de dor.
Tenho em mim um vazio tão cruel
No peito um coração apagado
Como se fora uma triste solidão
De um olhar no tempo roubado.
Ergo meu olhos ao horizonte
E não quero mais lembrar
Dos sonhos que perdi
Quando deixou de me amar.
Poema: Odair José, Poeta Cacerense