Sonetos : 

APELO

 
Tags:  SONETOS 1992  
 
APELO

Eu, que nunca te quis senão amante,
Como posso querer-te agora amiga?
Temo que simplesmente não consiga:
Tenho-de me fazer de ti distante!

Não peças que te veja tão radiante
E finja não sentir a chama antiga…
O que a civilidade nos obriga
É que cada um de nós se desencante.

Quero sigas os mais belos caminhos
E que de vez em quando meus carinhos
Recordes com saudade e com desejo.

Melhor eu me afastar enquanto posso,
Que t'esconder o ardor quando te roço
Ou não dizer te amar quando te vejo.

Betim - 03 03 1992


Ubi caritas est vera
Deus ibi est.


 
Autor
RicardoC
Autor
 
Texto
Data
Leituras
800
Favoritos
0
Licença
Esta obra está protegida pela licença Creative Commons
3 pontos
1
1
0
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.