Sinto-me prisioneiro de uma ilusão
E carcereiro dos meus sonhos...
Sou intenso algoz da inconsciência
E eterno vigilante de minha mente...
Sou do pensamento apenas discente,
Indisciplinado aluno do raciocínio,
Mas feroz coadjuvante das aventuras
E inflamado réu das doutrinas góticas...
Vejo-me utópico propagandista da dor
E idealizador de bacanais científicos,
Todavia anarquista dos ideais cotidianos...
Percebo-me enfermeiro do teor lírico,
Não obstante paciente da retórica mística,
Caricaturista infame do amor platônico!
DE Ivan de Oliveira Melo