Sou assaltado pelas palavras
Que me exigem contemplação,
Fundem-se em mim agonias bravas,
Eis o espocar de minha inspiração!
Sou vilipendiado pelo pensamento
Que me tortura deveras a imaginação,
Rompem-se as grades do meu senso,
Eis a textura do meu talento, só razão!
Sou intimado a decompor a existência
Que me implode em mim em verso,
Eis o que escrevo meditativo e submerso!
Sou compelido a retratar minha essência
Que me justapõe perante o teor artístico,
Eis a poesia de um poeta real e fictício!
DE Ivan de Oliveira Melo