Voo da Borboleta, Branca, Azul e Preta
Tenho em mim a chama que te cala
a que te faz tropeçar
nas palavras
tu salta as ondas do mar, ondulando
a sua afogueada cara
região abissal alongada e clara.
Brilha o sol a aquecer o poema,
iridescente ao vomitar suas palavras
e esta chama que te abala
ressoa pelo amor que se esparrama
e te faz perder a fala.
Faça de mim
pecado, dor e prazer
faça do meu corpo movimento
a cada anoitecer
neste amor compulsivo
no afã deste fogo amigo
que em ti dispara.
O amor enreda-se ao motivar a vida
e pelo delgado filete
de areia da ampulheta desmaia,
então querida,
Minha doce awis rara! O tempo
o berço embala no suave
bater das asas do voo da leve
borboleta
branca azul e preta.
Alexandre Montalvan
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