E porque o sol me conquistou,
nasce dia e esperança,
cresce a manhã e o tempo,
osso duro de roer, a viver, paciente e persistente;
vou ao encontro das horas, fazendo por o merecer.
Se me quiser encontrar, não se esqueça do que digo a brincar,
que sou séria no meu disfarçar...
Segue a linha do horizonte, espreite a curva do caminho; vá sozinho.
Pela linha do destino.
Quem anda como quem voa, quem sonha como quem crê, quem ri como quem ama...essa, essa sou eu.
Quem recolhe imagens de luz, se senta no banco de pedra, aproveita intervalos; e não te esqueceu,
sorri para a areia da praia, olha os barcos velejando, gaivotas no céu planando,
passeia na rua deserta e tem nos olhos a chama, aquela de quem muito ama, feita poema, a te oferecer, assim o queira ler...essa, essa sou eu.
Abraça a cidade bonita, chama a si o que é seu, escolhe abrir-se ao prazer e beija o sol envergonhado, mesmo se mal humorado;
tenta sufocar a saudade, dando largas à liberdade, de gostar de ser quem é...essa, essa sou eu.
Se me quiser encontrar, prepare o coração, escolha a noite, a hora, o momento e não hesite, nem duvide, não,
que eu salto as fogueiras do fogo que arde e já se sente, percorro serras e montes, atravesso todas as pontes,
avanço para as dunas espelhadas,
caminho pelas ondas do mar,
toco as estrelas douradas,
só para te ver e abraçar..
Carpe diem