Nas ruas e nas vielas, nos campos e nas cidades,
Há toda uma força que só se vê com olhos de nada,
E todos juntos e inconformados nossas capacidades
Usufruímos, como se alguma coisa nos fosse negada.
Nas fábricas e nos escritórios, nos arranha-céus
Ou nas casas de baixo perímetro, é nos braços
Que está a força da mudança, não num deus
Que ninguém conhece, nem lhe sabe os traços.
E assim todos juntos gritamos pela mudança aqui,
Contra a descriminação, de povos e de animais,
Como se fora a nossa função primeira, e houvesse ali
O que construir, para que um novo mundo nascesse.
Nas ruas, há todo um conjunto de coisas triviais,
Que precisamos mudar, de antes ser que parecer-se.
Jorge Humberto
31/01/07