Soneto Maluco
Resmunga o louco na sua demência
Para, olha, ri e finge que escuta
No olhar brilha uma alegria imensa
É tão livre e nada o imputa
Bate o louco o pé pura cadência
É maestro com sua batuta
Quem o vê assim, logo pensa
Pobre homem parece biruta!
Como assim? É isto que se pensa!
Não se percebe a diferença
Vidro não é uma porcelana
Onde será que esta o hospício
No louco pensamento fictício
Ou na fria realidade humana?
Alexandre Montalvan
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