O OLHAR
É no olhar de uma criança
que se descortina a certeza que encontra.
Também nos puros está lá
Esse reconhecimento do que é.
Às vezes, o que é e quem é
nem mesmo sabe que é.
Alcançou sem saber, o que sempre buscou.
Os que não o são,
se incomodam com essa visão.
E não sabem porquê.
É como se o que vissem fosse a incompreensão
do que nunca foram ou serão.
Mas no olhar dos puros e das crianças
percebemos o espanto da descoberta do excepcional.
Do extraordinário que não entendem mas sabem.
(Proteus).