Perdi a conta ao tempo que não te vejo!
Sigo errante ansiando a tua companhia.
Caminho sozinho quer de noite ou de dia,
Ébrio na lucidez das loucuras que ensejo.
Encontrei-me no sonho de um teu beijo!
Despido de preconceito me visto de alegria...
Acordo estremunhado deitado na cama vazia,
Agarrado à dor no peito com que me revejo...
E percorro sempre longínquos caminhos
Onde não te encontro e assim entristeço,
Vielas escuras onde me perco aos bocadinhos.
Caminho descalço no que sinto e me esqueço
Deitado nas memórias dos teus carinhos,
Me ergo aos poucos das saudades onde padeço !
Paulo Alves