Eis_ me aqui...
Contemplando os vôos e os cantos da alma.
Tudo que li, vivi.
Fui pagão do amor, acreditei inocentemente como uma criança, esperei do fim um novo capítulo, o retorno.
Escondi o mar de pedras salgadas, segurei o dilúvio do choro quando sentia a saudade vagar.
Nasci e renasci.
Feito águia, percebi a verdade é leve
quando abrir minhas asas, suave a realidade me fez suspirar, e tão alto pude voar.
E ventos bons pairam perfumes, e só encher o pulmão de ar e a alma lavar.
Nem tudo é lágrima.
Posso disfarçar que caiu cisco no olho, a vontade de escapar no tempo retrospecto e fazer de cada lágrima um rio doce desaguando nos cantos dos lábios, toda vez que pensar em te amar.
Eu volto me abraçar como todo mar.
Pois parte do que sou deságua, flui correnteza, vivendo dentro de você sempre volta para mim.
Autora:
Flavia Leticia Moraes