Poemas : 

A mão que do chão se alimenta

 
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Não ponhas mais vento
Ao vento da mão vazia,
Estendida ao relento
Nas esquinas da vida

Chega da indiferença,
É hora de fazer valer os dotes do coração,
E reerguer do chão
A mão que do chão se alimenta

Corpos vestidos da miséria,
Acatam os ventos das ruas,
Pra adiarem o vento
Que sopra em suas barriguinhas de fome

É, é preciso resgatar
Essas mãos estendidas ao vento,
Com migalhas das tuas sobras,
Não custa nada, faça-o e receba um sorriso

Adelino Gomes-nhaca



Adelino Gomes

 
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Upanhaca
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Enviado por Tópico
Upanhaca
Publicado: 10/02/2020 20:29  Atualizado: 11/02/2020 11:00
Usuário desde: 21/01/2015
Localidade: Lisboa/loures
Mensagens: 8481
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 Re: A mão que do chão se alimenta
Nas esquinas da vida

Nas esquinas da vida,
Da vida que ninguém quer,
Suplicam almas botadas
Às sombras da existência

Da existência vegetativa
dos que nada têm, senão
O céu e as lágrimas,
Que lhes ensopam almas nas esquinas da vida

Pra os indiferentes
Doar é um pecado,
Passam de lado, indiferentes
Às mãos estendidas ao vento

A indiferença mora em suas almas
E em seus corações de ferro,
Correm lavas da impiedade,
Invés do vermelho sangue
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Adelino Gomes-nhaca

Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 11/02/2020 19:22  Atualizado: 11/02/2020 19:22
 Re: A mão que do chão se alimenta
É o indiferente construido pelas indiferenças, que se faz um mundo totalmente desigual