Poemas : 

EXÍLIO

 
Um corpo esticado sobre o leito do mundo
Traz o desencanto da vida que parte alhures
Sem deixar rastros em que a alma mergulhe
Diante do espaço-tempo que vive moribundo.

Donde vem o silêncio que se move algures?
Talvez na inquietude se pense tão profundo
Que nas horas se fite o fim em cada segundo
E, perante o nada, o viver se consagre amiúde.

A existência se limita a cada instante na morte,
O destino é mistério que vai do sul até o norte
Em ondas concêntricas prisioneiras de um nó...

Reverbera-se o raciocínio que se firma a oeste,
Diante do leste há um mar distante do agreste
Donde a eloquência desaba por estar tão só!


DE Ivan de Oliveira Melo



 
Autor
imelo10
Autor
 
Texto
Data
Leituras
343
Favoritos
0
Licença
Esta obra está protegida pela licença Creative Commons
0 pontos
0
0
0
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.