ARROZ DE FESTA
Apagadas as luzes do salão,
Após as despedidas dos convivas.
Nas taças, só as marcas das salivas
D'aqueles que brindaram à exaustão.
Onde há pouco ecoavam "urras! vivas!"
Agora há só silêncio e escuridão:
Confeitos espalhados pelo chão
E ornatos se soltando das ogivas...
Até os mais chegados vão embora
Em vista do avançado d'aquela hora
E do cerimonial já encerrado.
Todavia, na porta da despensa
Co'a última garrafa por licença
Festeja, animadíssimo, o embriagado!
Betim - 04 02 2020
Ubi caritas est vera
Deus ibi est.