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Amor de Carnaval. Conto do traz de volta!

 
Amor de Carnaval. Conto do traz de volta!
 
Eu vou dizer: a vida dá voltas, e esse conto é sobre isso, as voltas que a vida dá! Sempre tive temores de rever ex-namorado e um especialmente, que me causou muita dor, além de amor, paixão e a desilusão. Um dia o reencontrei em pelo carnaval. E lá estava ele! Tão lindo, tão alto, num ônibus segurando em cima e eu embaixo. Já que sou pequena e ele tão alto, não deu em outra, a oportunidade bateu a porta, eu tive que falar, e nos cumprimentamos, ou ele não tinha me reconhecido, ou fingiu, como sempre, que não tinha me visto! Mas viu. Também ele, nem resistiu, e trocamos os telefones, resgatamos as memórias, e marcamos um outro encontro para nos vermos em algum dia, era carnaval! _E que dia! Obvio, partimos para o “abate” e fizemos amor. Estar com ele, era realmente muito bom! Uma loucura, que nunca esqueceremos, eu não tenho medo de fazer amor com ex, em pleno carnaval, o problema é que ele, continuava mentindo… Mentindo como sempre! Eu descobri que por anos dormia com a mão debaixo do travesseiro, era devido a nossa posição de dormir. A gente esquece na vida das pequenas coisas, mas um hábito gostoso de uma boa lembrança fica, nem sei por que, e ele redescobriu porque eu fui seu grande amor, e que deixou marcas e muita desilusão, ele em frangalhos e eu bugalhos, por anos! _Mentiu e mente tanto! Acontece que ao sair de sua casa, eu no ponto de ônibus, e ele esperando uma carona, alguém… Quem seria! _ A mãe, ele iria fazer um exame, algo assim, nada me contou, e quando o carro se aproximou, eu já pensando em cumprimentá-la, ele me disse: _Finge que não me conhece! _Eu fiquei estarrecida, atônita e congelada. Mas uma vez desiludida de novo, não acredito! Porque eu sempre fui tão romântica e idiota! Depois de um fim de semana inteiro com ele, e recordando nossas vidas, o passado, nosso amor, a paisagem corpórea, os hábitos que ficaram, os gostos, o sabor? _ Sim! Eu o conheço! Eu o reconheço. Um bom e grande cafajeste, não muda! Que burra! Mas deixa estar, é carnaval e a vida dá o troco, e deu! No caso, ele quase morreu de dor e fez numa cirurgia específica às pressas, fiquei sabendo muito tempo após! O que a vida fez, é que realmente naquele dia, naquele carnaval e final de semana, a minha marca fincou em sua memória, no seu corpo, eu fui o seu último gozo real. Vingada pela vida afora! _Já que eu não desejo mal a ninguém! Mostrou-me que o que a vida traz de volta, tira também!
Ele casou de novo, eu à deriva, porque é melhor amor de travesseiro que amor armeiro.


Diana Balis

Escutem a música que fiz: Amor de Travesseiro
https://soundcloud.com/gisele-lemos/am ... isele-lemos-fatima-vilela
 
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DianaBalis
 
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