COMO SE FOSSE VOCÊ
Não me beije a nuca,
Que te dou um banho amarelo
E te esquento em tapas.
Não estamos naqueles anos
Onde assédio se confundia com galanteio.
Galanteie sua sombra mau caráter.
Beije seu machismo
Que te faz macho duvidoso.
Não me beije a nuca
Que te faço dormir duas noites
Entre grades,
vendo a lua em enquadramento bizarro.
A nova mulher não dá trégua aos atrasados.
O mundo é outro
E será cada vez mais outro.
Por isso, meu caro,
Não me beije a nuca.
Nunca. (Proteus)