O nosso quotidiano matinal,
é feito de coisas simples,
e triviais.
Tu, saltas da cama e dizes-me bom dia,
Eu, desperto-me de minha alvorada,
lanço-te com os olhos ainda meio ensonados,
uma carícia.
No ar, fica pairando pela casa,
um cheiro que já nos é familiar,
um gosto comezinho de partilha,
o odor das torradas com leite e café,
e o doce cheiro que só o amor tem,
e que nos faz valorizar o facto
de se estar vivo.
Emparceiramos nestes sabores habituais,
estabelecemos elos,
trocamos emoções.
Eu, constato de forma consciente e livre,
que para se ser feliz,
apenas temos que dar valor às coisas banais,
a nós mesmos,
à amizade,
e ter um grande respeito por aquele,
que vive na nossa companhia.
Eu renovo esse gosto dia a dia,
com empenho.
Sou um ser com sorte na vida,
Mas de esforço não me isento.
Saboreio em permanência ao acordar,
de forma renovada e com autenticidade,
o que quero ver reproduzido até à eternidade,
esta forma de despertar contigo.
beatriz barroso